sábado, 29 de março de 2014

e depois?

deparou-se com toda aquela confusão e sentou-se num canto a observar. cruzou as pernas e ali ficou, como se observar fosse a missão mais importante do mundo

a correria e o atropelo, o trânsito mental daquelas gentes, os seus pensamentos ocupados, sempre atrasadas para chegar, fazer, ser qualquer coisa

e os ponteiros do relógio giravam feitos lâminas de uma trituradora a cortar o tempo em pedaços evaporáveis

e os dias fizeram-se noites e as noites dias, até que tudo teve um fim.

sábado, 15 de março de 2014

saído do fundo do baú


correr atrás do tempo para ganhar tempo e ter tempo de sentir o tempo a passar...
Foi como se derrepente acordasse de uma daquelas sestas deliciosas de fim de tarde na praia.
Havia um fascínio inocente que a envolvia ao encarar o mundo de bochechas rosadas e sorriso pateta.
Não sabia bem o quê, mas naquele momento, alguma coisa tinha mudado.